Rural Beja 2017
De 5 a 8 de Outubro, decorreu a Rural Beja, uma Feira do mundo rural, que reuniu o setor da caça, da pesca, da agricultura e dos cavalos e festa brava. Este evento pretendeu promover o desenvolvimento sustentável e integrado da região constituindo-se como um evento estratégico de afirmação das potencialidades e recursos naturais do território, em que se aliou a tradição e a inovação, a produção com a transformação, a criatividade com a competitividade, num espaço igualmente rico em manifestações culturais e etnográficas.
Esta feira foi um enorme sucesso; principalmente devido às várias atividades que existiram. Desde palestras, Provas de St Huberto, Provas de tiro aos pratos, I Open de Pesca Desportiva, vinhos, gastronomia, mostra e concurso de aves, turismo, provas de pastoreio, demonstração de cães de parar e vários espetáculos (cante alentejano; concertos; sevilhanas e dj´s).
Quero deixar aqui o meu agradecimento ao Luis Filipe Assunção, pelo convite que me endereçou para palestrar sobre os jovens na caça. Além disso, quero também felicitá-lo por todo o trabalho desenvolvido, na parte da caça. Estava tudo maravilhoso.
Relativamente à conferência, o cartaz era o seguinte:
Uma conferência em que foram abordados alguns assuntos pertinentes que nos permitiram pensar sobre o futuro da caça. Cada vez há menos jovens, cada vez há menos caçadores em Portugal mas as portencialidades são muitas, tal como noutros países, em que o número de caçadores jovens aumenta cada vez mais. Há que apostar na formação dos jovens e na comunicação que é feita. Há que perceber, de uma vez por todas, que a caça é sinónimo de conservação.
Foi também abordada a questão da agricultura, onde o João Banza falou sobre os estragos que os javalis têm feito nas suas culturas, por exemplo. Obviamente que quando falamos em agricultura e caça há muitos pontos a serem debatidos, principalmente, perceber a influência que esta tem sobre as espécies cinegéticas.
Foi ainda debatido um tema muito importante, as doenças da caça maior, em que se falou da brucelose, leptospirose e tuberculose (doenças de origem bacteriana); da triquinelose e equinococose (parasitas) e da Doença Aujezsky (vírus). Obviamente que há que ter muito cuidado, e todos os conselhos foram de extrema importância.
Houve pouco tempo para o debate mas, ainda assim, ouviram-se algumas questões e percebeu-se a importância de formar gestores cinegéticos, de atrair mais caçadores a Portugal, nomeadamente com o turismo cinegético e, claro, de tomar medidas para que possamos ser vistos como os maiores amigos da natureza.
Mais uma vez um obrigada a todos os presentes e que se comece então a fazer alguma coisa...
ML.